Em um breve relato para os mais jovens que não acompanharam a história do processo político em Goioerê, após a “lei da reeleição”, somente Beto Costa foi reeleito como prefeito.
Voltamos aos anos 90 – A emenda constitucional nº 16, de 1997, abriu a possibilidade de reeleição para quem ocupava cargos no Poder Executivo em todos os níveis de governo. A mudança beneficiou a todos que já exerciam mandatos à época, como prefeitos e governadores, e também o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que, no ano seguinte, 1998, pôde se candidatar a mais 4 anos no Planalto e ser reeleito.
Para muitos observadores políticos foi um escândalo a compra de votos dos deputados federais para aprovação da lei. Hoje, Fernando Henrique Cardoso, se diz arrependido, segundo ele, o processo da reeleição para o executivo, pode levar o titular do cargo a fazer “coisas inimagináveis” para ganhar uma reeleição.
Mas voltando ao que interessa, o primeiro beneficiado pela a “nova lei” em Goioerê foi o prefeito Vicente Okamoto, que havia ganho a eleição em 1996, mas para o espanto de muitos, ele abriu mão da reeleição, o que deixou muita gente surpresa.
Era o espaço perfeito para a vitória de um candidato, que, apesar de um grande histórico político, nunca havia sido prefeito, o então vereador, Dr. Antônio Sena. (83/88 – 97/2000), que já havia sido vice-prefeito, eleito em 1988.
Sena ganhou a eleição para prefeito em 2000, a qual, no começo da campanha, aparecia com números ínfimos. Cresceu nos últimos dias e a visita de um velho amigo ajudou e muito na sua vitória, o então Deputado Federal, Hermes Parcianello – Frangão. Sim, Frangão já cantou de galo por esse terreiro algumas vezes.
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Maldição da reeleição – Sena foi eleito com expressiva votação pelo PMDB (partido de toda a sua vida), mas, naufragou em 2004, e foi o primeiro a sofrer pela a maldição da reeleição.
Fuad volta – Eleito prefeito em 1988, Fuad Kffuri volta para prefeitura, depois de amargar derrotas em 96 e 2000, em 1992, o candidato apoiado por Fuad era o farmacêutico Gil Marques de Almeida que perdeu para Dr. Paulo Novaes, por uma pequena diferença. Naquele ano, Sena também disputou a prefeitura.
Maldição da reeleição ll – Dessa vez, em 2008, foi Fuad que não conseguiu ser reeleito, dando lugar a um estreante, que, embora, nunca havia disputado uma eleição, sempre atuou nos bastidores.
O empresário Beto Costa, assim como Sena em 2000, começa com números acanhados, mas sua campanha, representando o “novo” ganhou força e venceu a eleição, e então, a velha guarda da política goioerense fica no passado. Derrotou Sena, Fuad e também outro estreante, Pedro Coelho e mais uma meia dúzia de candidatos.
Reeleito em 2012, Beto Costa, detém até hoje, esse tabu de ser o único prefeito a conseguir a reeleição.
Depois de duas tentativas 2008/2012, chega a vez de Pedro Coelho de ser o novo governante do município.
Maldição da reeleição lll – Em 2020, Coelho não conseguiu a reeleição, e o ex-vereador Betinho Lima, derrotado em 2016 pelo próprio Pedro, ganha a oportunidade de comandar o município. Tudo parecia correr bem para a sua reeleição, até que…de novo ela, sempre ela.
Maldição da reeleição lV – Não teve jeito, e Betinho naufragou também, Pedro Coelho volta ao executivo, e agora, o resto da história, será contada somente em 2028.
Pedro Coelho será reeleito?
Betinho Lima conseguirá dar o troco?
Beto Costa pode se animar e tentar seu terceiro mandato?
Ou talvez, um novo nome?
Até lá, para alivio dos políticos goioerenses, existe uma luz no fim do túnel. O fim da reeleição.
Fim da reeleição, mandatos de 5 anos: o que está em debate na reforma eleitoral
O presidente do Senado também quer discutir, junto do Código Eleitoral, uma Proposta de Emenda à Constituição para acabar com a reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República. Pacheco já afirmou que vê a discussão da proposta como o seu “propósito”.
Marcelo Castro foi o escolhido para construir uma versão do texto que reúna apoio da maioria dos parlamentares da Casa. Três versões foram sugeridas por Castro em reunião com líderes nesta quinta.
Nos três textos, o objetivo central é acabar com a reeleição para cargos do Executivo, criada por uma emenda constitucional em 1997.
Também há convergência em outro ponto: a criação de mandatos de 5 anos para todas as funções eletivas, com exceção de senadores, que terão 10 anos.
Duas das versões apresentadas por Castro propõem, no entanto, a unificação da data das eleições federal e municipal — a chamada coincidência de eleições. A medida tem sido defendida por Pacheco, mas enfrenta resistência entre parlamentares.
Esses textos criam regras de transição diferentes, com alterações em tempos de mandatos e possibilidade de mandato tampão, para alcançar uma única data de eleições no país.
Somente uma das versões propostas deve ser protocolada por Castro: a que obtiver mais apoios entre os senadores. Para passar a tramitar no Senado, uma PEC precisa reunir, no mínimo, 27 assinaturas.
A excelente matéria ao seu final especula se Betinho conseguirá dar o mesmo troco que deu em Pedro Coelho em 2020.
Como troco não é truque, quem deu um troco bem trocado este ano foi novamente o Frangão, virando o jogo na última semana em favor de Coelho.
Recordemos que Frangão apoiou fortemente Betinho em 2016 e 2020, vencendo a última e ajudando-o a derrotar Coelho.
Mas Betinho fez tudo aquilo que um político não pode fazer:
Em 2022 na eleição dos Deputados, ele trocou o Frangão por dois ilustres desconhecidos dos goioerenses, Sandro Alex e Beto Preto, deixando Frangão na estrada.
Mesmo assim foi o mais votado.
O experiente parlamentar, nascido na cidade, aguentou calado a traição e Silenciosamente esperou 2 anos para o fulminante contra-ataque.
Jogou seu prestígio eleitoral que inegavelmente possui em favor de Coelho e foi crucial em sua vitória.
Após o resultado, procurado, evitou dar entrevistas.
Recebeu um telefonema de cumprimentos de um amigo que tbém é parceiro de Betinho e resumiu sua resposta numa frase arrebatadora:
Reginaldo Moreira Paiva
21 de novembro de 2024 at 23:28
A excelente matéria ao seu final especula se Betinho conseguirá dar o mesmo troco que deu em Pedro Coelho em 2020.
Como troco não é truque, quem deu um troco bem trocado este ano foi novamente o Frangão, virando o jogo na última semana em favor de Coelho.
Recordemos que Frangão apoiou fortemente Betinho em 2016 e 2020, vencendo a última e ajudando-o a derrotar Coelho.
Mas Betinho fez tudo aquilo que um político não pode fazer:
Em 2022 na eleição dos Deputados, ele trocou o Frangão por dois ilustres desconhecidos dos goioerenses, Sandro Alex e Beto Preto, deixando Frangão na estrada.
Mesmo assim foi o mais votado.
O experiente parlamentar, nascido na cidade, aguentou calado a traição e Silenciosamente esperou 2 anos para o fulminante contra-ataque.
Jogou seu prestígio eleitoral que inegavelmente possui em favor de Coelho e foi crucial em sua vitória.
Após o resultado, procurado, evitou dar entrevistas.
Recebeu um telefonema de cumprimentos de um amigo que tbém é parceiro de Betinho e resumiu sua resposta numa frase arrebatadora:
“Costumo ferir duramente quem me fere”.
Tá aí uma lição prá mocidade.