Política

Justiça determina prisão do deputado Boca Aberta

Boca Aberta é o deputado federal alvo do maior número de inquéritos e ações penais em trâmite na Justiça

O deputado federal Boca Aberta (Pros-PR) teve a prisão determinada pela justiça do Paraná. O parlamentar foi condenado a 17 dias em regime semiaberto por ter perturbado trabalhadores e pacientes de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Londrina (PR), em 2017.

A ordem de prisão foi emitida na última terça-feira (19)

“Considerando que todas as questões aventadas pela defesa à seq. 62 já foram enfrentadas nas decisões de seq. 35 e 52 e, considerando ainda, não subsistir qualquer irregularidade na expedição do mandado de prisão, aguarde-se o cumprimento da ordem para ulteriores deliberações”, diz a decisão do juiz Katsujo Nakadomari.

Ao Congresso em Foco o deputado disse que vai se apresentar na próxima terça-feira (26). “Vou me apresentar com banda, marchinha, show pirotécnico, pipoca, algodão doce, tapete vermelho, perna de pau, nariz de palhaço, queima de foguete e tudo. São 17 dias, vou me apresentar, vou assinar e vou embora. É o maior espetáculo da Justiça brasileira. Vai ser a maior vergonha do Brasil do judiciário londrinense, prender um deputado por trabalhar, por pegar médico dormindo de madrugada e o povo morrendo enquanto os bandidos estão soltos aí”, vaticinou.

Em novembro de 2020, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) mandou revogar o pedido de prisão emitido contra o deputado. Na época, ele disse ao Congresso em Foco que a decisão pela prisão era “a maior piada do mundo”. O congressista também disse que o advogado perdeu o prazo do processo e que iria reverter a sentença em multa.

Emerson Miguel Petriv, conhecido como Boca Aberta, é o deputado federal alvo do maior número de inquéritos e ações penais em trâmite na Justiça. Os dados são de um levantamento exclusivo feito pelo Congresso em Foco em julho do ano passado.

A pesquisa localizou 18 processos criminais envolvendo o deputado, quase todos os casos são relacionados a crimes de honra como calúnia, difamação e injúria. Há também acusações de fraude processual e falsificação de documentos públicos. Na época da divulgação do levantamento, ele afirmou que responder a essas investigações significa para ele uma honra equivalente ao troféu da Champions League, campeonato europeu de futebol. (Via Congresso em foco)

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